24/03/2020 - 14:46
Minas Gerais é um dos Estados que sofrem com a presença de javalis nas matas. Os animais são considerados pragas para os produtores rurais e à sociedade. Esses suídeos exóticos ameaçam lavouras, gado, nascentes e espécies em extinção. Além disso, qualquer pessoa pode sofrer ataques, pois são animais ferozes.
Por isso que no Brasil, a caça deste tipo de animal é legalizada. Mas os caçadores precisam seguir regras dos órgãos federais para a prática. E no caso de tudo regularizado, Minas Gerais se torna um campo de diversão para os entusiastas, que contribuem com o manejo da espécie. No Estado, 198 municípios registram a presença do animal.
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Para se ter noção da gravidade da presença desses animais, 64 dessas cidades estão classificadas como prioridade extremamente alta para a prevenção, no aspecto ambiental. Ou seja, o javali é uma ameaça preocupante para a flora e a fauna mais sensíveis. Existem várias espécies endêmicas ou ameaçadas de extinção por lá com o risco de serem atacadas, destaca o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA).
Para caçar um javali no Brasil, os caçadores precisam estar devidamente cadastrados no Sistema de Informação de Manejo de Fauna (Simaf). E cada autorização precisa de renovação a cada trimestres. Esta permissão é emitida digitalmente.
É necessário seguir várias regras relacionadas ao Simaf. As autorizações estão condicionadas, por exemplo, à informação sobre o tipo de armamento que será utilizado e a propriedade em que a caça será realizada. Cabe multa de R$ 2 mil para o descumprimento das normas. No caso das armas, é necessária a licença para a posse do armamento do Exército Brasileiro.
Em Minas, o IMA realiza o treinamento para o manejo e controle da Peste Suína Clássica (PSC) para os caçadores, que aprendem a coletar amostras de sangue dos animais. Esse material contribui para o instituo monitorar o cenário e evitar possível risco sanitário à atividade pecuária.
Porém, é muito importante diferenciar os animais. Os caçadores estão liberados para o manejo dos javalis. Mas catetos e queixadas, que podem ser encontrados nas matas, são protegidos por lei e não podem ser confundidos com a praga dos agricultores mineiros.