15/04/2025 - 7:00
Em abril começa a colheita da atemoia, fruta de sabor adocicado e textura cremosa que vem ganhando espaço na mesa dos brasileiros.
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Resultado do cruzamento entre a cherimoia e a fruta-do-conde, a atemoia tem formato de coração, lembrando a fruta-do-conde, mas apresenta polpa mais macia e menos sementes. Sua doçura equilibrada e leve toque cítrico fazem dela uma opção versátil, consumida in natura ou em preparações como sucos e sobremesas.
Como surgiu a atemoia?
De acordo com o boletim técnico “A Cultura da Atemoia”, sua origem se deu nos Estados Unidos, por volta de 1908. Segundo a Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati ) da Secretaria de Agricultura do Estado de São Paulo, a fruta é relativamente nova para os brasileiros. Consta no boletim que há relatos de que tenha foi introduzida no Brasil em 1950, em São Bento do Sapucaí (SP) e, posteriormente, em Caçapava (SP).

A partir dessas localidades, se espalhou e, hoje, o país já é um dos principais produtores de atemoia, inclusive com bom volume de exportação, conta o assistente agropecuário Luiz Leitão, coordenador da Cati Itapetininga, que atua na articulação dos diferentes atores da cadeia produtiva da fruta.
Os estados de São Paulo e Minas Gerais respondem por 47,1% e 45,6%, respectivamente, do total de frutos cultivados no país, conforme dados do Censo Agropecuário do IBGE de 2017. Em São Paulo, a produção está concentrada em municípios como Pilar do Sul, Itapetininga, Paranapanema e São Miguel Arcanjo.
Com cultivo adaptável ao clima tropical e subtropical, produtores têm apostado na fruta, destacando seus benefícios nutricionais como fibras, vitaminas do complexo B e antioxidantes, o que faz dela uma boa auxiliar da digestão e no fortalecimento do sistema imunológico.

A Cooperativa Agroindustrial APCC, de Pilar do Sul, especializada em frutas de alto padrão, informou que atualmente 60% de sua produção de atemoia são destinadas ao mercado externo e 40% ao mercado interno, mas essa proporção pode se inverter dependendo da demanda.