05/06/2020 - 13:51
Já existem alguns frutos do mar veganos no mercado, principalmente na China, mas os produtos são limitados e muitos dos que estão disponíveis até o momento não têm grande comercialização. Nos Estados Unidos, algumas empresas estão tentando desenvolver o setor.
O país tem o maior número de startups de frutos do mar veganos, mas o segmento representou apenas 1% (US$ 9,5 milhões) do valor de todas as vendas no varejo de carne à base de plantas em 2019. O setor, de maneira geral, totalizou 1% de vendas de carne. As informações são da BBC.
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Entre os desafios do setor, estão a dificuldade técnica de replicar frutos do mar escamosos e frágeis e o valor nutricional. Para a gerente de frutos do mar sustentável do Good Food Institute (GFI), Jen Lamy, as pessoas geralmente recorrem ao marisco convencional para obter benefícios à saúde, então replicar isso é importante no setor de frutos do mar à base de plantas.
Em 2018, o Reino Unido abriu sua primeira loja de peixe e batatas fritas vegana. Posteriormente, o menu vegano foi lançado em todas unidades da cadeia de salgadinhos de Londres Sutton & Sons. Os itens veganos agora contribuem com cerca de 20% de sua receita total, relata o porta-voz da Sutton & Sons, Nicholas O´Connor. Recentemente, o menu foi expandido com coquetel de camarão, lulas e lagosta.
Além do público vegano, os frutos do mar à base de plantas podem ser consumidos por pessoas alérgicas. Consultores disseram à BBC que a transição do marisco convencional para a versão baseada em vegetais deve ocorrer mais rapidamente do que a mudança do leite normal para o zero lactose.
O mercado também foi impulsionado durante a pandemia da covid-19. O suprimento tradicional de carne foi interrompido em diversos países pela disseminação da infecção em plantas de processamento e barcos de pesca. A demanda por produtos desse setor aumentou desde o início do isolamento social, onde 23% dos consumidores norte-americanos dizem que comem mais refeições à base de plantas. Pesquisadores acreditam que o momento pode acelerar a produção de novidades.