29/09/2020 - 8:45
São Paulo, 29 – A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou comunicado no qual sugere serviços que podem ajudar produtores e compradores de café a encontrar espaço em armazéns. Segundo a Conab, a pressão de demanda por estocagem foi gerada pela combinação de colheita acelerada de uma safra volumosa – a segunda maior da história – com a relativa lentidão das exportações e também do consumo interno, em virtude da pandemia, que tem provocado problemas no escoamento do produto.
Um dos apoios oferecidos pela Conab são as informações do Sistema de Cadastro Nacional de Unidades Armazenadoras (Sicarm). A ferramenta, disponível no site da Conab, informa quais empresas têm armazéns disponíveis em todo o País. O cadastro é atualizado constantemente e oferece detalhamento por região. O sistema também mostra a situação cadastral da empresa junto à Conab, o que dá mais segurança na hora da contratação do serviço de armazenagem.
+ Conab: produção de café na safra 2020 deve atingir 61,62 milhões de sacas
+ Conab avalia que Brasil terá segunda maior safra de café em 2020
Outra opção aos cafeicultores neste momento é a contratação dos serviços das próprias Unidades Armazenadoras (UAs) da Companhia. As UAs e seus respectivos volumes disponíveis para armazenagem em Minas Gerais são: Campos Altos e Perdões têm espaço para receber 9,5 mil toneladas cada uma; São Sebastião do Paraíso, 10 mil t; Uberlândia comporta mais 18 mil t e Varginha, 7,4 mil t.
Em São Paulo, onde os armazéns são frequentemente ocupados também por outros produtos, a dificuldade para encontrar espaço é maior. Nesse Estado, a Conab dispõe ainda de capacidade para armazenamento de 4,2 mil toneladas na unidade de Bernardino de Campos, embora a de Garça esteja lotada. A equipe da Conab pede atenção à possibilidade de pouco espaço nas microrregiões de Franca, Amparo e Marília, e em algumas localidades de Minas Gerais
Conforme dados da Conab, produtores já venderam cerca de 60% da atual safra. Os preços estão cerca de 30% acima dos patamares do mesmo período de 2019, puxados pelo dólar valorizado. Mas o escoamento também tem sido afetado pela concorrência nos portos com outros produtos, que tiveram os embarques alavancados pelo dólar remunerador.