31/12/2013 - 6:19
A pecuária responde, sozinha, por cerca de um terço do PIB do agronegócio, no País. No ano passado, a cadeia produtiva do boi movimentou US$ 167 bilhões, gerando mais de 6 milhões de empregos. Com uma criação a pasto, menos poluente e em busca constante pela maior produtividade, os pecuaristas se profissionalizam. Utilizam touros provados para uma safra de bezerros com mais carne e dietas mais balanceadas para melhorar a conversão alimentar. Consumir menos, para engordar mais rapidamente, está na ordem do dia nas fazendas de todo o País. E quem são os protagonistas dessa história de sucesso na pecuária, que produz gigantes como o JBS, o maior confinador de gado no País e maior empresa do setor? A DINHEIRO RURAL homenageia, nas próximas páginas, os Destaques da Pecuária. Definidos a partir de uma metodologia específica (leia detalhes na pág. 107), os campeões são empresários que investem num novo modelo de negócios, capaz de atender à difícil missão de abastecer parte do consumo global de proteína animal, liderando a produção e as exportações mundiais.
Uma mudança significativa no setor é a passagem de uma pecuária familiar para um negócio estritamente empresarial. O exemplo maior está na indústria frigorífica, que se tornou líder mundial na exportação, com receitas anuais de US$ 50 bilhões, e que ano após ano mantém seu projeto de expansão.
Do lado de dentro das porteiras das fazendas, os índices zootécnicos e as normas de gestão deixam de ser luxo para poucos e tornam-se parte do dia a dia. As certificações estão entre as metas a serem alcançadas. Na engorda de animais destinados ao abate, o pecuarista tem usado o confinamento como ferramenta estratégica para acelerar a terminação dos animais, se o pasto não está dos melhores. Mas já começa a vê-lo como uma possibilidade de engorda permanente de bois. O pecuarista de hoje também não deseja ficar limitado apenas à sua atividade. A integração da pecuária com a agricultura e, ultimamente, também com a floresta, tem ajudado a diversificar o negócio e a melhorar o manejo da terra.
É por essas questões que o futuro da pecuária é otimista e segue rumo aos novos desafios, como o uso da genética molecular, a padronização para a carne de qualidade, escala eficiente em grandes projetos e bom relacionamento e transparência com os mercados interno e externo para manter-se no topo.