16/11/2020 - 9:23
Os empresários e os consumidores tiveram piora na confiança em novembro, segundo a divulgação extraordinária de uma prévia das sondagens de confiança apuradas pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Em relação ao número final de outubro, o Índice de Confiança Empresarial (ICE) recuou 0,9 ponto, para 96,2 pontos. Já o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) caiu 2,2 pontos, para 80,4 pontos. Os resultados têm como base dados coletados até o dia 13 de novembro.
“Os resultados prévios das sondagens de novembro sinalizam uma paralisação no processo de recuperação da confiança empresarial iniciada em maio. Apesar de a indústria ainda continuar com resultados favoráveis em relação ao momento presente, mesmo neste setor, as expectativas em relação aos próximos meses começam a ser revistas para baixo. O movimento parece estar relacionado ao aumento da incerteza motivado pelo risco de uma 2ª onda de Covid-19 no país, como a que parece se esboçar na Europa. Os consumidores continuam cautelosos em relação ao futuro, influenciados, no âmbito micro, pelos riscos à situação financeira familiar da manutenção das atuais condições desfavoráveis do mercado de trabalho e, no âmbito macro, às questões fiscais e sanitárias do país”, avaliou Viviane Seda Bittencourt, coordenadora das sondagens do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.
Entre os consumidores, o Índice de Situação Atual (ISA-C) recuou 0,2 ponto, para 72,1 pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE-C) encolheu 3,6 pontos para, 87,0 pontos.
No Índice de Confiança Empresarial (ICE) – que consolida os indicadores de confiança da Indústria, Serviços, Comércio e Construção -, o Índice de Situação Atual dos Empresários (ISA-E) subiu 1,9 ponto, para 98,5 pontos, enquanto o Índice de Expectativas Empresarial (IE-E) caiu 2,5 pontos, para 95,4 pontos.
Na prévia de novembro, a confiança da Indústria subiu 1,5 ponto, para 112,7 pontos, o maior valor desde outubro de 2010. A confiança do setor de Serviços encolheu 1,2 ponto, para 86,3 pontos, enquanto o Comércio ficou estável (0,0 ponto) em 95,8 pontos. A Construção teve queda de 3,3 pontos, para 91,9 pontos.
As prévias das sondagens da FGV coletaram informações de 2.635 empresas e de 1.095 consumidores entre os dias 1º e 13 de novembro.