11/03/2015 - 11:17
Fonte: ANTT e CNT
Contra a febre aftosa
A União Europeia (UE) e a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) estão se mobilizando para evitar possíveis epidemias de febre aftosa. Os serviços veterinários dos paísesmembros da UE passarão por exercícios simulados, para testar o preparo desses países no enfrentamento da doença. Atualmente, a União Europeia é considerada zona livre da febre aftosa, mas teme-se que o vírus da doença, que atinge diversos países africanos, chegue na região. O trabalho teve início com a aplicação dos exercícios simulados na Bulgária e Sérvia.
Mangas para a McGrif
A paranaense McGrif, fabricante de sucos de frutas e lácteos, espera aumentar em 50% sua produção de suco concentrado e néctar de manga. A empresa fechou um contrato com a Secchi Agrícola, de Petrolina (PE), que vai fornecer 20 mil toneladas da fruta nos próximos cinco anos, ao custo de R$ 30 milhões. Com isso, a McGrif espera dobrar o processamento de manga, das atuais 500 toneladas, para mil toneladas por ano, em sua fábrica, em Jaíba (MG).
Joint venture no Pará
A americana Archer Daniels Midland (ADM) vai formar uma joint venture com a suíça Glencore, que ficará com 50% de seu terminal de exportação de grãos de Barcarena, no Pará. Com a nova sócia, a ADM planeja quadruplicar a capacidade do terminal para 6 milhões de toneladas anuais embarcadas por ano.
Festa de aniversário
A goiana Piracanjuba, empresa de lácteos, com faturamento de R$ 2 bilhões, está comemorando 60 anos, em 2015. A empresa divulgou que fará o maior investimento em marketing de sua história. A campanha publicitária, de alcance nacional, será conduzida pela agência Nova/SB, com comerciais nas TVs aberta e paga, além de anúncios em veículos impressos e ações digitais, durante todo o ano.
Yara na Etiópia
A fabricante norueguesa de fertilizantes Yara vai explorar potássio, matéria-prima para os fertilizantes, em Danakil, no nordeste da Etiópia. Segundo estudo desenvolvido pela companhia, a produção anual nessa região pode chegar a 600 mil toneladas de sulfato de potássio, pelos próximos 23 anos. O plano é investir US$ 740 milhões e iniciar a exploração em 2018. O sulfato de potássio de Danakil será transportado até Tadjoura, no Djibuti, para armazenamento e exportação.
Processo trabalhista
O Ministério Público do Trabalho (MPT) ingressou com uma ação civil pública contra a Louis Dreyfus Commodities (LDC), com a acusação de violar a legislação trabalhista. Segundo a fiscalização do MPT em fazendas localizadas em Piratininga, Agudos e Lucianópolis, no Estado de São Paulo, a multinacional francesa cometeu infrações relacionadas à segurança e saúde dos trabalhadores na colheita de laranja, irregularidades na jornada de trabalho e no pagamentos de salários. O processo prevê indenização de R$ 10 milhões e medidas de readequação.
Cargill na África
A americana Cargill comprou a subsidiária de óleo e farelo de soja da Zambeef Products, conhecida como Zamanita, de Zâmbia. A aquisição da empresa, por US$ 25,7 milhões, permitirá que a Cargill expanda sua atuação no país africano. Com a operação, a Zambeef pretende reduzir suas dívidas e se focar nos setores de carne e laticínios.
Gigante logística
No dia 11 de fevereiro, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou, com restrições, a fusão entre a ALL, a maior empresa de transporte ferroviário do Brasil, e a Rumo Logística, exportadora de açúcar do Grupo Cosan. Com a união, nascerá uma gigante avaliada em R$ 11 bilhões. Para evitar que a fusão ameace a livre concorrência, o Cade determinou que a Rumo terá um limite de uso da estrutura logística da ALL. Além disso, nos terminais de exportação da Rumo, 40% do volume embarcado deverá ser operado por empresas concorrentes.
JBS reativa frigoríficos
A JBS reativou dois frigoríficos de abate de bovinos, em Araguaína (TO) e Iguatemi (MS), que estavam sem operar há mais de quatro anos. Com investimentos de R$ 55 milhões em readequação de maquinário, a unidade de Iguatemi poderá abater 800 bovinos por dia, e a de Araguaína, 700 cabeças. As duas unidades têm potencial para gerar receitas de R$ 1 bilhão por ano.
Tecnologia para frutas
A italiana Food & Innovative Technologies (FIT) vai construir uma fábrica em Petrolina, no Vale do São Francisco, em Pernambuco, ao custo de R$ 60 milhões. A empresa de tecnologias para o segmento hortifruti vai fabricar um equipamento inédito no Brasil, chamado de “microondas a frio”, que é capaz de eliminar os microorganismos causadores do apodrecimento de frutas e verduras. A fábrica, que será a primeira da companhia construída fora da Itália, deverá entrar em operação no segundo semestre deste ano.
Biomassa para a Cesp
A Companhia Energética de São Paulo (Cesp) deverá investir na produção de energia a partir da biomassa da canade- açúcar, por determinação do governo do Estado. As secretarias estaduais da Agricultura e da Energia vão desenvolver o projeto de entrada da Cesp no segmento da bioeletricidade, que acontecerá através parcerias e da criação de joint ventures com empresas privadas do setor. Atualmente, a Cesp produz apenas energia hidroelétrica.
Marfrig mantém unidade
Após anunciar o fechamento de um frigorífico em Alegrete (RS) e a demissão de 600 empregados, o frigorífico Marfrig decidiu mantê-la em funcionamento por mais um ano, com a preservação de 300 empregos locais e realocação de até 120 funcionários para outras unidades. A decisão é resultado de um acordo com o Ministério Público do Trabalho, que com isso vai retirar a ação ajuizada contra a Marfrig, na Vara do Trabalho de Alegrete.
Frango para o Paquistão
O governo paquistanês aprovou uma lista de frigoríficos brasileiros credenciados pelo Ministério da Agricultura para exportar carne de aves para o país asiático. Segundo o Itamaraty, a decisão reforça a qualidade e sanidade da carne nacional, e o mercado paquistanês será um importante destino do produto. No Paquistão, que tem 182 milhões de habitantes, a carne de frango é a mais popular, representando 40% do consumo total de proteína animal.
EXPORTAÇÃO DE SÊMEN – A ABS Pecplan, multinacional britânica de inseminação artificial em bovinos, foi a primeira empresa a exportar sêmen zebuíno do Brasil para a Índia. O gerente de produto leite, Fernando Rosa, fala sobre as oportunidades desse novo mercado.
Como foi o processo de abertura do mercado indiano?
Foram mais de cinco anos acompanhando as negociações entre os governos do Brasil e da Índia e os testes sanitários.
Que material foi exportado?
Exportamos mil doses em janeiro, para a subsidiária da ABS Pecplan, que fará a comercialização do sêmen na Índia. As doses enviadas são de dois dos principais touros Gir leiteiro da ABS, o Diamante de Brasília, e o Castelo TE Kubera.
Por que a Índia, o berço do zebu, quer importar do Brasil?
O rebanho indiano é enorme e tem uma grande carência de material genético. O Brasil desenvolveu o seu rebanho com uma velocidade maior e tem muito a contribuir.
Quais são as perspectivas a partir de agora?
Há muito otimismo porque, com certeza, essa foi a primeira de muitas remessas. Em três anos, as filhas desses touros estarão paridas e produzindo leite. Com certeza, os indianos vão poder confirmar o benefício da genética brasileira e essa exportação vai contribuir para o aumento da produtividade da pecuária leiteira indiana.