24/04/2015 - 11:23
A demanda global por celulose manteve-se aquecida no primeiro trimestre deste ano, criando um ambiente favorável para o anúncio de um novo aumento de preço para todas as regiões a partir de abril. Aliada à valorização de 13% do dólar médio frente ao real no período, a melhora no preço da celulose possibilitou que o preço médio líquido da celulose em reais tivesse uma alta de 14%. Tais fundamentos contribuíram para que a Fibria, empresa brasileira de base florestal e líder mundial na produção de celulose de eucalipto, encerrasse o primeiro trimestre de 2015 com um dos melhores resultados operacionais da sua história.
“Durante o primeiro trimestre do ano, entregamos resultados importantes, com Ebitda e margem recordes, e aumento significativo do fluxo de caixa livre. Pela característica exportadora da companhia, com receita em dólar e custos majoritariamente em reais, a empresa está se beneficiando de um câmbio mais desvalorizado e de um preço da celulose que reflete o balanceamento do mercado internacional”, afirma o presidente da Fibria, Marcelo Castelli.
No trimestre, o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) ajustado chegou ao recorde de R$ 1 bilhão, com crescimento de 48% na comparação com o mesmo período de 2014 e de 11% em relação ao quarto trimestre do ano passado. A margem Ebitda também foi recorde, alcançando 50%, cinco pontos percentuais a mais do que no último trimestre e 9 pontos acima do mesmo período do ano passado. A geração de fluxo de caixa livre foi de R$ 373 milhões no trimestre, acumulando nos últimos doze meses R$ 1 bilhão. A receita líquida da companhia atingiu R$ 1,9 bilhão, representando um aumento de 22% quando comparada a igual período de 2014 e estável frente ao trimestre anterior, mesmo com queda de 13% nas vendas em função da sazonalidade do setor.
A Fibria produziu neste trimestre 1,2 milhão de toneladas de celulose, 1% superior em relação ao mesmo período do ano passado, proporcionado pela maior eficiência operacional de suas fábricas. As vendas somaram 1,229 milhão de toneladas, 3% a mais na comparação com o primeiro trimestre de 2014, com o estoque de celulose encerrando março em 52 dias. Nos últimos doze meses, as vendas da companhia correspondem a 101% da produção no mesmo período.
A dívida bruta da empresa encerrou março em US$ 2,9 bilhões, 22% inferior a igual trimestre de 2014 e 7% menor ao montante reportado no fim do ano passado. A dívida líquida em dólar atingiu seu menor nível desde a criação da Fibria, somando US$ 2,8 bilhões, uma queda de 9% na comparação com primeiro trimestre de 2014. Tal queda, associada ao aumento do Ebitda, resultou na redução da alavancagem, medida pela relação Dívida Líquida/Ebitda, para 2,3 vezes, em dólar, o menor patamar histórico da companhia.
Como a Fibria é uma empresa de natureza exportadora e detém mais de 90% da dívida contratada em dólar, qualquer movimento de desvalorização do real provoca um aumento no saldo da dívida quando da conversão da mesma para reais. Com isso, a valorização da moeda norte-americana no trimestre impactou o resultado financeiro da companhia, que encerrou o trimestre com prejuízo contábil, sem efeito caixa, de R$ 566 milhões. Excluindo os efeitos da variação cambial, o resultado líquido do trimestre teria sido um lucro de R$ 513 milhões. Fonte: Ascom.