20/10/2020 - 13:22
A norueguesa Yara Fertilizantes reportou, nesta terça-feira, lucro líquido de US$ 340 milhões (US$ 1,27 por ação) no terceiro trimestre de 2020. O resultado representa alta de cerca de 360% ante igual período do ano anterior, de US$ 74 milhões (US$ 0,27 por ação). Já a receita recuou 11,68% no mesmo comparativo, para US$ 3,083 bilhões ante US$ 3,491 bilhões no terceiro trimestre de 2019.
O Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) aumentou 9,13%, para US$ 645 milhões. Ao excluir itens especiais, entretanto, o Ebitda do terceiro trimestre deste ano foi 11,42% menor quando comparado com igual intervalo de 2019, para US$ 558 milhões. De acordo com a companhia, a queda no indicador reflete, principalmente, preços baixos e margens insatisfatórias do nitrogênio.
As entregas de produtos da companhia foram 1,94% menores em comparação com o terceiro trimestre do ano anterior, e atingiram 10,108 milhões de toneladas. A companhia destaca que, apesar de as entregas terem sido menores no período, o segmento de adubo NPK premium registrou recorde.
Assim como no segundo trimestre, a Yara informou que o recuo nas entregas no terceiro trimestre decorre da queda na demanda na Europa, que foi parcialmente compensada pelo incremento do volume entregue no Brasil. A produção de fertilizantes acabados da companhia no período registrou baixa de 5,53%, para 5,358 milhões de toneladas, enquanto a produção de amônia caiu 11,2%, para 1,868 milhão de toneladas.
“Nosso fluxo de caixa também continuou a melhorar, com 2,5 bilhões de dólares americanos de fluxo de caixa livre gerado nos últimos quatro trimestres”, disse o presidente e diretor executivo da Yara, Svein Tore Holsether.
O resultado positivo interrompe uma sequência de quatro trimestres consecutivos de queda na receita. Após a demanda global por fertilizantes ter arrefecido no início deste ano em virtude das incertezas relacionadas à pandemia do novo coronavírus, o mercado de fertilizantes inicia um processo de recuperação neste segundo semestre do ano, com a aproximação das safras indianas de grãos e da semeadura das culturas de verão brasileiras.