02/02/2016 - 12:45
Em 2014, com uma operação destinada à engorda de bois para abastecer o mercado de carne premium, a unidade confinadora da JBS, da holding J&F no município de Guaiçara (SP), investiu em bem-estar animal, meio ambiente e administração. Pelo desempenho no ano passado, a unidade ficou em primeiro lugar na categoria CONFINAMENTO DE EMPRESA FRIGORÍFICA entre os Destaques da Pecuária no prêmio AS MELHORES DA DINHEIRO RURAL 2015. A unidade deve terminar este ano com 32 mil animais engordados no sistema intensivo, com previsão de 36 mil animais para 2016. A produção de Guaiçara serve exclusivamente para abastecer o programa de carne Swift Black, marca destinada ao mercado premium (confira pág. 102). De acordo com o diretor de Confinamento da JBS, Fernando César Nunes Saltão, a unidade é estratégica. “É ela que garante regularidade na oferta e no tipo animal perfeito para o mercado de alta gastronomia”, afirma Saltão. Atualmente, a JBS, comandada por Wesley Batista, possui outros dois confinamentos, um em Mato Grosso do Sul, com capacidade para 25 mil animais por giro de engorda, e outro em Mato Grosso, com capacidade para 6,7 mil.
Wesley Batista, CEO da JBS
Os animais engordados em Guaiçara nascem no Sul do País. São de criatórios que se dedicam às raças europeias, como a angus e a hereford, além de seus cruzados com até três quartos de sangue britânico. O abate ocorre aos 26 meses e nunca ultrapassa 30 meses. O peso de abate é de 520 quilos. Nos últimos anos, a boa perspectiva para o mercado de carne premium levou a JBS a adotar tecnologias modernas na unidade. Os investimentos começaram em 2013 e se intensificaram a partir de 2014. Entre eles está a automatização da dieta dos animais, para que não ocorram desvios entre a quantidade prevista de alimento para cada um deles e o que de fato foi colocado no cocho.
De acordo com João Paulo Bastos, gerente técnico-administrativo dos confinamentos da JBS, o desafio da equipe de 31 colaboradores é produzir um animal de carcaça com o mínimo de seis milímetros de gordura subcutânea, camada destinada a proteger a carne durante o seu resfriamento. “Por isso, a formulação dos insumos deve ser sempre precisa”, afirma Bastos. Para o conforto dos animais também foi feita uma parceira com produtores da região para o descarte dos dejetos que são transformados em composto orgânico. “As mudanças levaram a um melhor bem-estar animal”, diz Saltão.