O presidente da Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores (Abrava), Wallace Landim, avaliou como “insuficiente” a medida do governo federal que zera as alíquotas de PIS/Cofins sobre o diesel por dois meses, conforme decreto publicado na noite de segunda-feira. “A medida traz uma redução de cerca de 3,65% sobre o litro do diesel. Mas somente o último reajuste da Petrobras, de 5%, já supera esse porcentual”, disse Landim, também conhecido como Chorão, ao Broadcast Agro, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

Ele se refere ao fato de a estatal ter anunciado elevação na segunda-feira do preço do óleo diesel em R$ 0,13 por litro, para R$ 2,71.

Apesar de a medida (de redução de impostos) até então ser defendida e demandada pela categoria, Chorão considera que a vigência da isenção em março e abril não alivia as questões econômicas sofridas pelos transportadores.

“A intenção foi boa, mas os cálculos não mostram eficácia. E depois de abril o que será feito? Como ficará a nossa situação?”, questionou Chorão.

Frete

Sobre a atualização da tabela de preços mínimos de frete rodoviário de cargas, que será publicada na quarta-feira, 3, pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Chorão avalia que os valores já virão defasados por não incluir o último reajuste da Petrobrás.

Isso porque a alteração da ANTT vai considerar o valor do óleo diesel S10, apurado pela Agência Nacional de Petróleo (ANP), no período entre 21 e 27 de fevereiro.

“Se houvesse cumprimento da lei, ficaríamos contentes, mas falta fiscalização e auditoria das empresas pela agência reguladora”, afirmou Chorão.