O dólar retomou o movimento de alta no mercado internacional, nesta terça-feira, 10, após duas sessões consecutivas de perdas. Investidores monitoraram declarações do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell, que reforçou compromisso com o combate à inflação, mas não apresentou novas indicações sobre os próximos passos da autoridade monetária.

O índice DXY, que mede a moeda americana ante uma cesta de seis rivais fortes, fechou a sessão com ganho de 0,23%, a 103,236 pontos. Perto do fechamento das bolsas de Nova York, o euro recuava a US$ 1,0736 e a libra, a US$ 1,2154, enquanto o dólar avançava a 132,22 ienes.

Em evento organizado pelo BC da Suécia, Powell disse que o Fed deve continuar focado em reduzir a inflação nos Estados Unidos. “Restaurar a estabilidade de preços quando a inflação está alta pode exigir medidas que não são populares no curto prazo, enquanto aumentamos as taxas de juros para desacelerar a economia”, ressaltou.

Após os comentários, o dólar reduziu pontualmente os ganhos na comparação com rivais, mas a reação do mercado foi tímida. “O discurso do presidente do Fed no simpósio sobre a independência do banco central não forneceu uma atualização a respeita da economia ou política monetária”, ressalta o analista Edward Moya, da Oanda.

Operadores do câmbio observam também as perspectivas para a economia global. Em relatório divulgado nesta terça, o Banco Mundial cortou a projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do planeta em 2023, de 3,0% a 1,7%.

Nesse cenário, o BNP Paribas avalia que a tendência é de fortalecimento do dólar no primeiro trimestre deste ano, à medida que cresce a demanda por ativos de segurança. No entanto, o banco entende que o movimento deve ser “curto e raso”.

*Com informações da Dow Jones Newswires